Você já ouviu frases como:
“Eu sei que fulano está com raiva de mim porque está de cara feia.”
Ou: “Tenho certeza de que essa pessoa está chateada comigo porque não respondeu minhas mensagens.”
Essas afirmações parecem simples, mas escondem um hábito comum e perigoso: tentar adivinhar o que o outro sente ou pensa.
A Ilusão de Saber o Que o Outro Sente
Muitas vezes, queremos acreditar que entendemos o que se passa na mente do outro. Fazemos isso porque, inconscientemente, queremos controlar a situação.
Quando acreditamos que sabemos o que o outro pensa, criamos uma sensação ilusória de segurança. Mas é só isso — uma ilusão.
O problema é que, baseados nessas suposições, começamos a reagir a uma relação imaginária. Afinal, o que não é dito é inventado.
Se a pessoa não disse que está chateada, como você pode saber? Você está deduzindo. E essas deduções geram conflitos — você imagina uma coisa, o outro imagina outra, e a comunicação se perde.
A Falha da Comunicação
A comunicação humana é naturalmente falha.
Você diz algo acreditando que o outro vai entender exatamente o que você quis dizer — e ele entende outra coisa.
Isso é comum, porque há sempre ruídos entre o que sentimos, pensamos e expressamos. Agora imagine o que acontece quando deixamos de conversar, de falar, de esclarecer.
O resultado? Relações baseadas em suposições e mal-entendidos.
De Onde Vem Esse Hábito
Esse impulso de interpretar o outro vem de muito longe — da infância.
Quando éramos bebês, alguém interpretava nossos gestos, choros e olhares.
“Esse choro é de fome”, “esse olhar é de sono”, “está pedindo colo”.
Desde então, aprendemos que o outro sabe mais sobre nós do que nós mesmos.
E carregamos isso para a vida adulta: achamos que o outro sabe o que sentimos — e, pior, tentamos ser o que o outro quer que sejamos.
O Peso de Viver Pelos Outros
Quando vivemos tentando adivinhar o que o outro quer de nós, começamos a moldar nossas atitudes para agradar.
Nos adaptamos, nos reprimimos e perdemos a espontaneidade.
É como viver dentro da mente do outro, tentando antecipar julgamentos e expectativas.
Mas essa busca é exaustiva — e, inevitavelmente, frustrante.
O Caminho da Análise
Existe um caminho para quebrar esse ciclo: o processo de análise.
Na terapia, você começa a desmontar padrões, entender suas próprias motivações e reconstruir formas mais saudáveis de se relacionar.
Aos poucos, o foco sai do outro e volta para você.
Você aprende a agir com mais consciência e menos sofrimento.
Largue os Achismos
Pare de achar que sabe o que o outro sente.
Você não sabe — e tudo bem.
Olhe mais para dentro, questione seus próprios pensamentos e busque clareza através do diálogo e da análise.
Não é possível se livrar totalmente das interpretações, mas é possível sofrer menos por elas.
Vale a tentativa.
💬 Dê o primeiro passo para olhar para si
Se você se identificou com esse texto e sente que é hora de entender melhor seus sentimentos, seus padrões e suas relações, agende sua sessão comigo.
O processo de análise é um espaço seguro, acolhedor e sem julgamentos — um convite para você se escutar com mais profundidade.
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R. José Vilar, 2810 – Dionísio Torres, Fortaleza – CE
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